terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Cervejaria


Guerra das cervejas ganha espuma com novas marcas

por Fábio Suzuki   (fsuzuki@brasileconomico.com.br)

Aumento da concorrência e diversificação de produtos prometem crescer em 2012.

Apesar da liderança isolada da Ambev com quase 70% de participação, o mercado de cervejas é caracterizado pela grande concorrência entre as quatro principais companhias do segmento e o ano de 2012 promete ser ainda mais acirrado por conta da grande movimentação ao longo deste ano.

De aquisição a lançamento de marcas, passando pelo reposicionamento de produtos, 2011 concentrou o maior número de iniciativas das fabricantes de cerveja no país nos últimos anos e o resultado será acompanhado a partir de 2012.

Das quatro principais companhias da indústria, a japonesa Kirin é a que terá o maior desafio no país por ter adquirido uma empresa que vem sofrendo queda na participação de mercado, a Schincariol. O fato custou a vice-liderança em cervejas, hoje ocupada pelo Grupo Petrópolis.

Além disso, os executivos japoneses não terão muito tempo para impor seu modelo gestão em um mercado completamente novo e que qualquer deslize custa muito caro. "Eles terão a missão de manter a equipe interna motivada e fazer a Schincariol dar resultado novamente", avalia o consultor Adalberto Viviani, presidente da Concept Consultoria e especialista na área.

A chegada da fabricante japonesa ao país aumentará a pressão nas vendas do Grupo Petrópolis, que terá de defender sua segunda posição no mercado com duas multinacionais diretamente, a holandesa Heineken, que vem aumentando sua participação, e a própria Kirin.

Além disso, o fato de ser a única empresa com capital nacional entre as quatro maiores do país atrai o interesse de multinacionais que ainda não atuam no Brasil, como são os casos da britânica SAB Miller e da dinamarquesa Carlsberg, mas ao mesmo tempo valoriza seus negócios por conta dessa visibilidade.
"O ciclo nacionalista no país por conta dos grandes eventos esportivos vai beneficiar ainda mais os negócios da Petrópolis", comenta Viviani.

Nova no mercado

Já a Ambev reforçou ainda mais seu portfólio com o lançamento da americana Budweiser no país. A novidade era comentada desde 2010 e chegou ao mercado com grande expectativa por ser uma das cervejas mais vendidas no mundo.

A marca terá um posicionamento acima das tradicionais Brahma, Skol e Antarctica, e 2012 será o primeiro ano de confronto direto com outra gigante do segmento, a Heineken.

E a rivalidade entre as marcas esteve presente no primeiro mês da Budweiser no Brasil. A companhia espalhou anúncios na mídia exterior em grande parte do Rio de Janeiro entre os meses de setembro e outubro, época em que ocorria na cidade o Rock in Rio, patrocinado pela Heineken. Shows e festivais de música também integram a comunicação da cerveja americana no Brasil.  Apesar da iniciativa da concorrente, a cerveja Heineken dobrou suas vendas até o mês de outubro em comparação ao mesmo período de 2010.

"Isso é resultado da maior visibilidade que tivemos com ações de mídia e participação em grandes eventos", afirma Paulo Macedo, diretor de relações institucionais da cervejaria holandesa. Outra novidade deste ano foi o investimento da cervejaria holandesa na tradicional marca Kaiser. A cerveja, que já esteve entre as líderes do mercado brasileiro, tem hoje grande rejeição dos consumidores apesar de ainda ter um volume considerável de vendas.

E a Heineken é a terceira multinacional a tentar reerguer a marca no segmento em pouco mais de uma década, e o ano de 2012 revelará se a empresa terá sucesso na iniciativa.

Fonte: http://www.brasileconomico.com.br/noticias/guerra-das-cervejas-ganha-espuma-com-novas-marcas_111203.html
Foto: iki.

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