segunda-feira, 22 de julho de 2013

Bodebrown

Cervejeiro "revolucionário" tem bebidas premiadas e repassa receitas em escola

Samuel Cavalcanti comanda a Bodebrown e planeja popularizar a cultura artesanal no País

por Marília Almeida - iG São Paulo

"Viva La Revolución". O lema está estampado no logo da cervejaria artesanal paranaense e resume o pensamento do comandante da premiada Bodebrown, o químico Samuel Cavalcanti.
Isso porque a cervejaria produz 11 cervejas, que já ganharam 27 medalhas em eventos importantes no segmento, como o Mondial de la Bière, no Canadá, e não se incomoda de repassar as receitas das bebidas em cursos oferecidos aos consumidores.

Na sala de aula ensina a degustar, mas também a produzir a bebida em casa. "Se ficar igual, parabenizo, assim como se ficar melhor e tiver a nossa bebida como referência", conclui o químico.
Dessa forma, Cavalcanti acredita que é possível disseminar a cultura da cerveja artesanal no País, e acabar beneficiando o próprio negócio. O objetivo é "libertar" os consumidores de grandes grupos internacionais, e apenas um tipo de cerveja.
Incentivando pequenos produtores no País, mesmo diante da falta de benefícios governamentais e da alta carga tributária, a Bodebrown espera colaborar para o crescimento econômico de cada localidade. "Juntos, podemos gerar mais empregos, pois temos menos processos automatizados".
Cavalcanti diz que na cervejaria optou pela inovação. Para isso, arrisca e vai contra a diretriz do mercado, concentrada em bebidas leves e refrescantes. "Já vendemos a cerveja Perigosa, com 15,1% de teor alcóolico, no calor do Rio de Janeiro".

Crescimento
A imagem de formadores de opinião no segmento tem dado resultados. Em quatro anos de existência, a produção mensal da cervejaria passou de 1,6 mil litros por mês para 16 mil litros, volume dez vezes maior. Ainda é pouco se comparado à média de produção das cervejarias artesanais, entre 60 mil a 100 mil litros, mas Cavalcanti não tem pretensões de crescer de forma rápida.

A Bodebrown trabalha com dois distribuidores e prefere expandir o negócio de modo sustentável, mantendo a essência "artística" da bebida, e apostar em complementos ao modelo de negócio. "É legal vender em todo lugar, mas minha praça é Curitiba", ressalta.

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